top of page
homem segurando bicicleta

Amo Deep Purple. Desde a semana passada.

por Luiz Cesar Pimentel

@luizcesar



O argumento é esse mesmo. Portanto, pode me julgar.

Nunca fora fã de Deep Purple. Ao menos, na escala que os die hard fans o são.

Até que da maneira menos provável, tive um estalo e passei a amar a banda. E isso aconteceu após renegá-los uns bons 40 anos.

Digo que foi da maneira mais improvável porque igualmente não gosto de prog. Acho um saco músicas que soam como jams longuíssimas da banda. E sei lá por que raios coloquei Child in Time pra rodar, com seus mais de 10 minutos.

Minto.

Sei sim.

Foi por conta de ter tocado de fundo em episódio da série Blacklist.

Achei estranho ter me deliciado com a música na tela. Curvei a sobrancelha e decidi que fora por ter me pego de surpresa. Mas algo não encaixava e busquei a prova dos nove com fone de ouvido.

Fiquei mega decepcionado comigo mesmo quando nem na metade da música pensei: "isso aqui é divino. Como nunca havia percebido?".

E já que estava com o pé n'água, mergulhei na discografia e descobri uma nova banda do alto de seus 55 anos de carreira.

Calma que minha opinião não mudou taaaanto assim.

É difícil cão velho aprender truque novo.

A discografia de 1984 em diante achava e continuo achando bem bem bem da fraquinha.

Só que de 1970 a 1975, a que já tinha em bom conceito ganhou estrelinhas como excelente.

Ainda não digeri totalmente o Who do You Think We Are, de 1973, e aceito sugestões para que desça mais suavemente pelos tímpanos.

Mas a sequência de In Rock (70), Fireball (71), Machine Head (72), Burn (74), Stormbringer (74) e Come Taste the Band (75)....puta que los pariu. E olha que nem precisei enxertar o Made in Japan, de 72, no meio desses (já que primei álbuns de estúdio).

Aquele que era meu disco preferido (julgue-me de novo) meio que se diluiu entre os do início dos 70, Perfect Strangers. Mesmo assim voltei a ouvi-lo de maneira renovada. (Obs: Knockin' at your Back Door segue minha música preferida da história deles.)

O que continua entalado na minha goela é essa enxurrada truqueira de gravações ao vivo, enquanto claramente lançam discos só para justificar turnês em que tocam os greatest hits.

Talvez tenha sido justamente isso que me afastou da devida apreciação da banda, pois no meu conceito haviam virado covers de sí próprios.

E já que a porteira abriu, estou pensando em dar uma nova chance ao Led Zeppelin.

Sei e concordo que os quatro são fodaços. Só que sempre escutei com sabor de boy band rocker montada em laboratório.

Bom, escrevi tudo isso tanto para me confessar quanto para mandar mensagem inspiracional. Não curte uma banda que todo mundo ama? Dê a ela seu devido tempo.

Se bem que duvido muito que o mesmo aconteça comigo e Rush.

bottom of page